Sobe para 49 o número de casos confirmados de varíola dos macacos em Portugal. São mais 10 casos do que ontem como confirma o Secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales.
Até agora, todos os infetados são homens entre os 26 e os 61 anos e a maioria tem menos de 40 anos.
A maior parte das infeções foi registada na zona de Lisboa e Vale do Tejo, mas também já há casos detetados no Norte do país e no Algarve.
Lacerda Sales informou ainda que os novos infetados pelo vírus Monkeypox se mantêm sob acompanhamento clínico, mas a situação está estável.
Ainda se esperam alguns resultados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) para saber mais sobre a doença e identificar uma possível cadeia de transmissão.
De acordo com a virologista Laura Brum, o Monkeypox é um “vírus raro” e “normalmente benigno” que não se alastra muito. A doença não tem, para já, um tratamento específico.
Segundo a especialista, ainda não se consegue estabelecer uma ligação entre os vários casos detetados. Qualquer semelhança pode estar apenas relacionada com “oportunidade de contacto”.
A DGS apela a todas as pessoas que apresentarem sintomas como lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem consultar um profissional de saúde e adotar medidas preventivas.
Sem contar com África, onde a doença já é frequente, Portugal é agora o país com o maior número de infeções pela varíola dos macacos.
Sobre a doença:
A varíola dos macacos faz parte de um grupo de doenças chamadas zoonoses. As zoonoses são doenças infeciosas dos animais – domésticos e não domésticos – que atingem também os humanos.
Último grande surto: Nigéria, em 2017.
Transmissão: contacto com animais ou com pessoas infetadas ou materiais contaminados com o vírus. A transmissão entre humanos ocorre principalmente por via aérea (gotículas), por contacto próximo com secreções respiratórias, outros fluidos corporais, lesões da pele ou dos órgãos genitais, ou com objetos ou roupa contaminados recentemente por pessoas doentes. Nas mulheres grávidas, a doença pode ser transmitida ao feto, via placenta.
Sintomas: febre; dores de cabeça; dores musculares generalizadas e nas costas; falta de energia e cansaço; aumento dos gânglios linfáticos; lesões cutâneas
Prevenção: evitar o contacto com animais em zonas endémicas ou delas provenientes; usar de luvas, óculos de proteção e máscara no contacto com animais suspeitos; não ingestão de carne de animais suspeitos; evitar contacto com materiais, como roupa de cama ou toalhas, que possam ter estado em contacto com pessoas infetadas.
Em caso de suspeita: Contacte a Linha SNS 24 (808 24 24 24) ou dirija-se a um serviço de urgência hospitalar
Para saber mais consulte:
Fonte: Dr. Carlos Palos (Coordenador da Comissão Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos do grupo Luz Saúde) via https://www.hospitaldaluz.pt/pt/dicionario-de-saude/variola-dos-macacos
Por: Luísa Capucho
*Notícia editada de um exercício realizado no âmbito da unidade curricular de TEJ I - Audiovisual (Rádio)