Presidente José Ramos-Horta visita Portugal e encontra-se com imigrantes
O presidente timorense, José Ramos-Horta, está em Portugal em retribuição da visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Timor em maio deste ano. O fluxo repentino de imigração timorense em Portugal é um dos principais assuntos a serem discutidos pelos dois chefes de estado.
Na última quarta-feira, os presidentes encontraram-se com os timorenses recém-chegados a Portugal e, abrigados num centro de acolhimento temporário de Lisboa, procuraram saber as condições em que vivem.
Desde junho que já chegaram a Portugal mais de 3000 timorenses, número muito elevado comparativamente a anos anteriores, no mesmo período de tempo (2021: 350; 2020: 53).
Segundo a Agência Lusa e a TSF, a maioria destes imigrantes instala-se no Alentejo, na região de Beja, está empregada na área da agricultura e muitos são vítimas de exploração laboral. Chegam sem qualquer contrato de trabalho, não falam português e vivem em condições precárias. Em Lisboa, juntam-se aos imigrantes asiáticos em Martim Moniz.
Os primeiros alertas foram dados em agosto ao Alto Comissariado para as Migrações que, em conjunto com algumas autarquias, tem dado algum apoio na integração destes cidadãos em situação de maior vulnerabilidade.
O aumento do desemprego em Timor Leste, as falsas promessas de emprego e vistos, o aumento das redes de trafico humano e de auxílio à imigração ilegal e as fáceis condições de entrada em Portugal são as principais razoes que apontam para este fluxo anormal de imigrantes.
O SEF tem vindo a investigar o caso e prometeu uma maior fiscalização nos aeroportos como forma de combate a esta questão. Segundo a RTP, a 23 de outubro, foi detido em Díli (Timor-Leste) o diretor de uma agência de viagens, New Generation, suspeito de estar relacionado com este caso.
Reveja aqui as principais datas desta notícia e perceba o caso da nova vaga de imigrantes timorenses em Portugal:
Por: Luisa Capucho